quarta-feira, 11 de maio de 2011

Relatos alviazuis, parte II: a fase final


Uma semana depois, lá estava a torcida de novo lotando o Joaquinzão, pronta para a fase decisiva do campeonato. Só dois times do grupo subiriam, e o nosso grupo era complicadíssimo. O primeiro jogo, contra o Velo Clube, deixou isso bem claro: eles perderam um pênalti e ainda saíram na frente, com o Taubaté jogando muito mal. O segundo tempo foi bem diferente. O time reagiu, e virou o jogo com um gol de falta nos acréscimos.

O jogo mais complicado, na teoria, era contra o Penapolense, fora de casa. E a teoria estava certa: fomos dominados, e perdemos por 2x0. Não pude ir, pois a caravana sairia num horário complicado pra mim, e o jogo foi antes do feriado em que já tinha combinado outra viagem. Mesmo assim, no domingo de Páscoa, meu feriado já tinha acabado, e fui ao Joaquinzão assistir a uma ótima exibição da equipe do Taubaté, que emplacou 4x1 no XV de Jaú.

Taubaté 4x1 XV de Jaú - Apoio da torcida no domingo de Páscoa
Para o jogo de volta, em Jaú, tivemos uma viagem cansativa, mas vencemos por 2x0. Na volta, nosso ônibus quebrou, ficamos horas parados na estrada, mas nem por isso a torcida desanimou. O Burro da Central - apelido carinhoso do time - estava próximo do acesso, nosso principal sonho. Bastava uma vitória no jogo seguinte, contra o Penapolense, no Joaquinzão, e um tropeço do Velo em Jaú.

Taubaté 2x2 Penapolense - empate heroico que comprometeu o acesso
Eis que, numa quarta-feira à tarde, o Joaquinzão recebeu o melhor público do ano. Os taubateanos se esforçaram e conseguiram comparecer à partida decisiva do time. Saí de São Paulo de manhã para acompanhar a partida. E vi um Taubaté nervoso sair atrás no placar, com uma arbitragem duvidosa que não percebeu impedimento no primeiro gol do Penapolense e não viu a bola entrar numa falta cobrada por Marquinhos, do Taubaté. Mesmo assim, e mesmo com mais um gol do Penapolense, os taubateanos reagiram, empurrados pela torcida. Cometendo o pecado da ansiedade, perderam muitos gols, mas conseguiram o empate. No jogo da noite, o Velo ficou no empate contra o XV de Jaú, e a sensação de que dava para ter comemorado o acesso naquele momento ficará marcada. Porém, naquele instante, tal resultado inflamou a torcida taubateana, assim como a própria diretoria do clube, que disponibilizou cinco ônibus para compor a maior caravana alviazul do ano.

Depois de muitas conclusões precipitadas que confirmavam a classificação do Taubaté em caso de derrota simples, estudamos melhor a tabela e concluímos que o time precisava de um empate. Qualquer derrota eliminaria o time nos critérios de desempate. Enfim, eu já tinha decidido que não iria ao jogo decisivo contra o Velo  Clube, em Rio Claro. Não por não querer ir, mas por ser Dia das Mães, em respeito à minha mãe. Para minha surpresa, ela mesma me incentivou a viajar. E, diante disso, confirmei minha presença na caravana.

Continua...

Parte III

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