sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Exploração tridimensional

Depois da exploração que observei na Bienal do Livro, "descobri" outro tipo de exploração, um pouco mais discreto: a relação entre o preço do ingresso de uma sessão 3D com a qualidade da mesma.
 
"Puta coisa bacana esse tal de 3D né meeu?"
 
Você que já assistiu a algum filme em 3D: o preço que você pagou pela sessão valeu pelas sensações que você teve ao assistir o filme? Pra mim, nunca. O preço de uma dessas sessões chega a beirar R$ 30 em São Paulo.

Se o filme tiver efeitos especiais que justifiquem o lançamento da versão 3D do filme, é uma coisa. E quase dá para aceitar o preço. Foi o caso de Avatar. Os efeitos são muito bons, e fazem o filme ficar mais legal do que realmente é, a meu ver.

Mas o filme que exemplifica a exploração que estou dizendo é As Crônicas de Nárnia - A viagem do Peregrino da Alvorada. Nada contra e tudo a favor do filme em si, porque adoro a obra do C.S. Lewis, que é inclusive candidata a aparecer futuramente por aqui. A adaptação livro-cinema, por falar nisso, é muito boa, se for pra comparar com outras que vemos por aí.

O que aconteceu enquanto eu assistia à versão 3D desse filme foi o seguinte: tirei os óculos por alguns segundos, e olhei para a tela. Achei estranho a tela não estar embaçada, como normalmente fica quando você vê uma imagem 3D sem os óculos. Eu via perfeitamente o que estava acontecendo, e poderia continuar daquele jeito que não faria diferença alguma. Continuei levantando os óculos algumas vezes, principalmente quando eu esperava por efeitos especiais. Nada. Naquele momento, o 3D me pareceu algo muito mais psicológico do que qualquer outra coisa. Claro que isso não é verdade, porque os óculos não são pulseiras Power Balance porque existem filmes que trabalham de forma correta com essa tecnologia. Espero que Nárnia tenha sido um caso raro de má utilização do 3D e, consequentemente, de exploração do consumidor. Se pudesse voltar no tempo, iria na sessão normal. Teria assistido a mesma coisa e gastaria menos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Respeito aos brothers

O "Big Brother Brasil", também conhecido como BBB, é um programa polêmico. Isso é incontestável. Seja pelo jogo em si, ou pela discussão que ele traz: vale a pena assistir?

Eu vejo da forma mais simples possível: é um programa de entretenimento como outro qualquer. Não me sinto mais burro por assistir, nem acho que isso me influencia em momento nenhum. Não, não acrescenta nada, como a maioria das atrações da televisão brasileira. Mas e daí? Quando eu ligo a televisão, eu não busco aprender. Eu busco passar o tempo, assistir qualquer coisa que me agrade naquele momento.

O apresentador é sempre o mesmo, Pedro Bial. A fórmula é quase sempre a mesma. E o BBB continua, há dez anos, fazendo sucesso. E, com isso, ele ganhou, além de muitos fãs, o ódio de muita gente. Entendo perfeitamente os motivos de quem não gosta do programa - apesar de discordar. O que não se justifica é rotular e julgar aqueles que acompanham. Para comprovar isso, basta entrar no Twitter, de preferência no horário do programa, para conferir a discriminação sofrida pelos fãs - ou não - que comentam o que está acontecendo por lá. E os mesmos que adoram reclamar comentam sobre os assuntos mais insignificantes do mundo, sem serem incomodados.

Por outro lado, também acho errado exagerar. Comentar durante o dia todo, comprar pacotes de TV a cabo, por exemplo, é desnecessário, pelo mesmo motivo que citei: é apenas entretenimento. Gostar e acompanhar é uma coisa; idolatrar e gastar dinheiro é outra completamente diferente.

Basicamente, tudo o que eu disse é facilmente resumido pelo seguinte: cada um faz o que bem entender. Gostar ou não vai de cada um. O importante é manter o respeito ao coleguinha que tem uma opinião diferente da sua, e aprender a ignorar aquilo que você não gosta.

A você que não gosta de BBB: eu sei que é inevitável, você vai ouvir falar muito do programa nos próximos 3 meses. Mas ignorar é uma arte. Aprenda, ou aguente.

A você que gosta de BBB: vamo dar uma espiadinha?
"ALÔ MEUS HERÓIS DESSA NAVE LOUCA!"